Esta casa típica Gandaresa do ano 1918, património cultural, está localizada no coração da Gndara, na freguesia de Carapelhos - Mira, na rua dos Lavradores. A precisar de obras de remodelação, oferece a oportunidade de criar o seu refúgio personalizado na natureza. A moradia está inserida num terreno com 655m2, sendo a área de implantação de 210m2 e a área do logradouro de 455m2.

A sua frente totaliza quase 21 metros, tendo um caminho de 3,3m do lado esquerdo da fachada, que permitirá o acesso a veículos à parte de trás da casa. A rua onde se encontra inserida, tem eletricidade, água e saneamento básico. Composta por apenas um piso, sala, dois quartos, sala/cozinha, cozinha rústica com borralho (conhecida como a "cozinha do lume"), alpendre em “L”, telheiro, pátio exterior, adega com lagar, celeiro com sótão, bomba e poço.

Localizada em zona de fácil acesso à EN109 e A17, permitindo uma deslocação rápida a norte ou sul do país. A pouco mais de 15 minutos, tem acesso a diversas praias, como a Praia de Mira, Poço da Cruz, Costa Nova entre outras. Aveiro e Coimbra ficam sensivelmente a 30 / 40 minutos de distancia, o que permite o acesso a outros serviços de uma forma célere.

A freguesia de Carapelhos tem uma escola primária (EB1 Carapelhos), cresce e jardim-de-infncia, extensão de saúde (Carapelhos), uma farmácia, entre outros serviços. Um breve resumo da história da Casa Gandaresa: A Casa Gandaresa é um tipo de casa térrea, que se caracteriza por ser do tipo “Casa-Pátio”.

É um tipo de casa simples e bastante funcional, típica da zona da Gndara. Tem uma forte ligação a valores familiares e ao modo de vida agrícola. A construção da casa gandaresa é conhecida por ser feita de adobes, blocos fabricados com areia, barro, lama e palha. Além dos adobes, a construção também continha outros materiais de baixo-custo explorados localmente, reflexo do reduzido poder compra das famílias.

Sabe-se também que havia a existência de madeira na casa, que servia para estruturar telhados, forrar tetos e fazer os soalhos da casa, para além do mobiliário, portas e janelas. A casa gandaresa não era vista nos territórios junto à linha da costa, isto porque a atividade levada a cabo pelas famílias que as habitavam era diferente da restante Gndara.

O seu nome provém da predominncia da casa na região da Gndara e acredita-se que terá origens árabes e romanas. Esta casa tem uma construção em “L” (origem árabe), com um pátio fechado à retaguarda. Estas casas são fortemente marcadas pela sua igualdade, as fachadas frontais em cantaria ornamentada. A fachada frontal é composta pela sequência janela-porta-janela e, em outros casos, a sequência era janela-porta-porta-janela, que indicava que o detentor da casa tinha algum ofício que não o de agricultor.

Nestes casos poderia ser de um alfaiate, por exemplo. A casa tem ainda um portão na fachada que permitia um acesso mais rápido ao telheiro, à entrada dos carros de boi, ao celeiro de dois pisos e/ou adega. #ref: 134666